Engenheiros e Técnicos precisam saber o que é melhor para o seu Conselho Regional e Federal. Os eleitores não devem votar apenas por partidarismo. Devem votar também por um Conselho voltado para o interesse cotidiano dos profissionais e não apenas por um idealismo ingênuo. É a lei do pragmatismo.
A atual conjuntura que vivemos no país traz à tona uma
verdadeira “faxina” política, e isso é bom porque as mudanças só acontecem em
meio aos processos de ebulição. Mudança requer mais ações e menos retórica.
Isso se reverte de forma direta e indireta também no desenvolvimento das
profissões do Sistema Confea/ Creas.
Em meio aos candidatos à presidência do CREA do Rio de Janeiro,
quem estará de fato preparado para estar à frente de um Conselho que enfrenta a
maior crise do Estado?
A verdadeira Política do CREA-RJ precisa defender a engenharia, o emprego e as oportunidades. E não partidarizar o Conselho. O CREA-RJ não é um sindicato e nem um partido político, que têm papéis distintos na sociedade. Sua ação institucional deve ser ampla, apartidária e não de luta de classes. Há no jogo político da eleição para o CREA-RJ interesses de grupos que dirigem outras instituições por décadas, mas se contradizem com um discurso de renovação. Por outro lado, a experiência também mostra que rupturas entre gestões causam retrocessos.
O que está em jogo é a preservação de uma instituição de oitenta e quatro anos de existência que muito tem a contribuir com a sociedade. Muito mais do que servir apenas de trincheira político-partidária para A ou B.Não sou profissional do Sistema, mas atuo nele como jornalista e formadora de opinião há cerca de 17 anos e tenho acompanhado as gestões de alguns presidentes. Cada uma com seu perfil, porém, o mais importante agora é ter alguém que pense de forma apartidária, para resgatar a engenharia em todas as suas faces. Que queira um CREA forte que possa ajudar a superar a crise econômica em que a engenharia está mergulhada. QUEM IRÁ PRESIDIR O CREA-RJ EM 2018 precisa ter estas características e esta visão.
Profissionais, analisem cada candidato e vejam não apenas o que já fizeram, mas o que estão fazendo atualmente de forma CONCRETA para atender você. Precisamos de menos discursos e panfletagem e mais ações efetivas. Faça sua escolha com coerência.
Encerro com a frase do Bertolt Brecht que diz: Pergunte sempre a cada ideia: a quem serves? E acrescento à frase: Para que serves?
Renata Idalgo
é jornalista, professora, escritora e poeta. Trabalhou no CREA-RJ nos anos de
2000 a 2004 e 2009 a 2015, na Assessoria de Comunicação e também como Assessora
de Imprensa. Contribuiu com matérias para a Revista do CREA-RJ e participou da
Comissão de Pró-Equidade de Gênero e Raça do Conselho.Elaborou vários jornais
institucionais para o CREA-RJ e instituições como IBEC, AEPET, AFEA entre
outros.